Engana-se quem acha que
a hipergamia é um fardo exclusivo da espécie humana: os elefantes-marinhos
padecem do mesmo mal, talvez numa proporção mais gravosa que nós mesmos
sofremos: 4% dos elefantes-marinhos
machos são responsáveis por 88% das cópulas observadas [1].
Isso significa dizer que se eu ou o leitor fossemos elefantes-marinhos,
provavelmente terminaríamos nossos dias celibatários, sem sequer uma punhetinha
para consolar.
No que pese não nos
igualarmos à hipergamia brutal dos elefantes-marinhos, é notória que a
hipergamia na espécie humana é presente e extremamente gravosa para os machos.
No nosso caso, a influência dos memes e a inteligência deram um novo
significado para isso, mas a essência continua a mesma.
O diferencial agora não
é ser o mais forte (embora isso conte) mas aquele que possuir o melhor conjunto
de características que as mulheres buscam (são 16, e pretendo enumerá-las em
momento oportuno). A hipergamia em parte
é escamoteada pelo fato de que grande parte das pessoas iniciam um
relacionamento apenas como “quebra-galho”, e é exatamente esse o motivo pelo
qual os laços heteroafetivos são tão volúveis: eles são firmados pela
conveniência de ter alguém ao lado até que apareça um melhor candidato
(recomendo a leitura deste excelente artigo de lavra de Denis Carvalho).
A maioria de nós faz
parte dos “96%”. Porém, diferentemente da maioria dos pobres elefantes-marinhos
machos, que não terão outra escolha senão morrerem virgens, nós temos a
capacidade de nos desenvolvermos pessoalmente o suficiente para engrossar os
parcos “4%” de machos alfas que terão a atenção de 88% das fêmeas.
Canso de ver caras de
mimimi~, reclamando das péssimas escolhas que as mulheres fazem. Pois bem,
lidem com isso, porque as coisas foram assim, são assim e sempre serão assim.
Ao invés de perder tempo carpindo inutilmente, busquem se igualar aos 4%, não
para ser bem cotado pelas mulheres, mas para seu próprio crescimento. Atrair os olhares femininos deve ser visto
como consequência, jamais como fim.
Da próxima vez que
reclamar do seletivismo feminino (que é perfeitamente natural e será tema de
outro artigo), pense que as coisas poderiam ser piores se você fosse um
elefante-marinho virjão.
Au
revoir!
[1] O
Gene Egoísta, Capítulo 9
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